Movimento de mães contra a violência policial: luta, resistência e trajetórias atravessadas nas relações de gênero, raça e classe
DOI:
10.24281/Imostracientifica2022.1.63-67Palavras-chave:
Movimento de Mães, Trajetórias, Gênero, Classe, RaçaResumo
O presente trabalho pretende analisar o contexto histórico do ativismo político dos movimentos liderados por mães que perderam seus filhos vítimas da letalidade da ação policial, a partir da luta, resistência e trajetórias atravessadas nas relações de gênero, raça e classe. Será utilizado uma revisão bibliográfica e análise documental, para investigar uma parcela dos estudos e documentos sobre a temática, tentando imbricar as relações de morte, luto, dor, sofrimento, luta e maternidade na percepção de uma cosmovisão interseccional na luta, resistência e trajetória desses movimentos. Conclui-se que esse movimento social protagonizado por mães fortalece as reinvenções das lutas políticas sociais, sendo vozes inovadoras na prática da organização política e nas lutas interseccionais.
Palavras-chave: Movimento de Mães, Trajetórias, Gênero, Classe, Raça
Referências
Cruz MT. Mães na dor e na luta: as cearenses que buscam justiça pela Chacina do Curió. Ponte Jornalismo, São Paulo. 12 mai 2019. Direitos Humanos. Disponível em: <https://ponte.org/maes-na-dor-e-na-luta-as-cearenses-que-buscam-justica-pela-chacina-do-curio/>. Acesso em 20 mar 2022.
Cerqueira D, et al. Atlas da Violência - 2019. Rio de Janeiro: Ipea/FBSP. Disponível em: <https://8021-atlasdaviolencia2019municipios.pdf (ipea.gov.br)>. Acesso em 20 mar 2022.
Mbembe A. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1 edições. 2018.
Leite MP. “As mães em movimento”. In LEITE, M.P.; P. Birman (orgs.). Um Mural para a Dor: Movimentos Cívico-Religiosos por Justiça e Paz. Porto Alegre, Editora da UFRGS. 2004.
Araújo FA. Do luto à luta: a experiência das mães de Acari. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Política) - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2007.
Vianna A, Farias J. A guerra das mães: dor e política em situações de violência institucional. Campinas: Cadernos Pagu. 2011; 37:79-116.
Alvin R. Mães de Acari: uma história de luta contra a impunidade. Florianópolis: Rev Estudos Feministas. 1995; 3(2):577-578.
Silva GR. O luto materno em narrativas de vida e de morte: uma abordagem sociológico-discursiva da perda. 2015. 192f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Fortaleza (CE). 2015.
Leite ILS. “É Meu Direito De Mãe”: Narrativas de mulheres integrantes do grupo de mães do sistema socioeducativo de Fortaleza. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza. 2018.
Lorde A. Usos da raiva: mulheres respondendo ao racismo”. 1981.
Gonzalez L. A mulher negra na sociedade brasileira. In: LUZ, Madel, T., org. O lugar da mulher; estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de Janeiro: Graal. 1982; 87-106.
Bairros L. Nossos feminismos revisitados. Florianópolis: Rev Estudos Feministas. 1995; 3(2).
Franco M. A emergência da vida para superar o anestesiamento social frente à retirada de direitos: o momento pós-golpe pelo olhar de uma feminista negra e favelada. In: BUENO, Winnie et al. (Orgs.). Tem saída? Ensaios críticos sobre o Brasil. Porto Alegre: Editora Zouk. 2017.
Akotirene C. O que é interseccionalidade? Coleção Feminismos Plurais. Belo Horizonte: Letramento: Justificando. 2018.
Publicado
- Visualizações 0
- pdf downloads: 0