Estado, políticas públicas e vulnerabilidade programática: discussões sobre a prevenção ao HIV/AIDS no Brasil
DOI:
10.24281/Imostracientifica2022.1.38-42Palavras-chave:
HIV, Vulnerabilidade em Saúde, Políticas de Saúde, Prevenção de Doenças TransmissíveisResumo
O objetivo do estudo é trazer reflexões sobre a vulnerabilidade programática do HIV e o modo como as instituições realizam esforços em resposta à epidemia na atualidade. O texto discute categorias utilizadas nas ciências da saúde que são importantes no campo da saúde coletiva e nos estudos sobre HIV/AIDS. Realizou-se uma revisão da literatura que abrange as discussões teóricas, propiciando a compreensão de categorias analíticas que espelham programas institucionais no Brasil. Na nova perspectiva, o Estado tende a formular e implementar estratégias que buscam trabalhar a exposição do vírus levando em consideração não exclusivamente o contexto individual, mas também social e programático. Mesmo com os avanços, permanecem algumas controvérsias. O ensaio aponta problemas nas respostas institucionais das políticas de enfrentamento, e os desafios da dimensão programática, que afetam os serviços e estratégias de prevenção, e impactam as dimensões de vulnerabilidade individual e social em termos de exposição ao vírus.
Palavras-chave: HIV, Vulnerabilidade em Saúde, Políticas de Saúde, Prevenção de Doenças Transmissíveis.
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