COBERTURA DE TESTES RÁPIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Anelise de Melo Bernardes Costa dranemelo@yahoo.com.br
  • Larissa Sales Martins Baquião larissa.martins@muz.ifsuldeminas.edu.br
  • Simone Albino da Silva simone.silva@unifal-mg.edu.br
  • Cremilson de Paula Silva cremilsonsilvaa@gmail.com

Palavras-chave:

Atenção Primária de Enfermagem, Vigilância em Saúde Público, Doenças Sexualmente Transmissíveis

Resumo

A propagação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) tangenciou a organização de ações de prevenção e diagnóstico precoce de forma descentralizada, no nível da atenção básica como a disponibilidade de testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis, Hepatite B e C pelo Sistema único de Saúde (SUS). Todavia a cobertura desses exames é baixa e desconhecida pela maioria da população. A atenção básica, principal porta de entrada do SUS, possui potencial para buscar e acolher usuários para testagem, conhecendo a veraz situação epidemiológica dessas doenças em cada município, contudo, observou-se a pouca capacitação dos profissionais, baixa adesão pela procura espontânea, gerando perda de insumos devido à validade. Objetivo: Relatar um plano de ação realizado para otimizar o uso de testes rápidos em unidades da atenção básica. Método: Relato de experiência sobre o processo de trabalho gerencial e assistencial do enfermeiro em um plano de ação de testagem rápida para ISTs, realizado entre outubro de 2020 e agosto de 2021, em unidades básicas de saúde, Estratégias de Saúde da Família e ambulatórios de especialidades do município mineiro. Resultados: os enfermeiros da atenção básica do município em questão foram convocados pela Superintendência Regional  de  Saúde  para  realizar  capacitação  técnica  em  testes  rápidos  imunocromatográficos oferecidos pelo SUS, seus possíveis resultados, garantia do sigilo, confidencialidade e aconselhamento nas próprias unidades básicas. Com a oportunidade da realização dos testes rápidos na atenção básica foi realizada uma ação de divulgação nas unidades por meio de comunicação verbal e visual. Os testes foram ofertados em salas de espera, na rotina dos atendimentos do acolhimento, na consulta ginecológica e ainda a realização dos mesmos por livre demanda, bem como a realização de busca ativa para oportunizar e invitar um maior público para a realização da testagem. Avaliou-se que no período relatado, houve baixa cobertura dos testes rápidos para ISTs. Conclusão: Dispor de recursos humanos capacitados e materiais adequados não necessariamente significa práticas condizentes com as necessidades da população. Para que haja ampliação da identificação de casos é preciso redirecionar o processo de trabalho em busca de um maior público como adolescentes, jovens adultos, adultos e idosos, sem restrição de gênero ou identidade sexual, com ações de divulgação nos portais de  notícias  do  município,  informação  popular  por  meio  dos  agentes  comunitários  de  saúde, engajamento e sensibilização da equipe de enfermagem, rastreio de contatos, diagnósticos precoces e tratamentos efetivos para atuar em consonância com as políticas de saúde pública vigentes, não só de forma pontual, mas como parte da rotina dos serviços, um trabalho contínuo. Implicações para a Enfermagem: este relato tem potencial para provocar a reflexão sobre a ampliação da atuação do enfermeiro e a produção de pesquisas nessa temática a fim de evidenciar as lacunas existentes no conhecimento.

Publicado

09-12-2021
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Como Citar

BERNARDES COSTA, A. de M. .; MARTINS BAQUIÃO, L. S. .; ALBINO DA SILVA, S. .; PAULA SILVA, C. de . COBERTURA DE TESTES RÁPIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 103, 2021. Disponível em: http://revistaremecs.recien.com.br/index.php/remecs/article/view/755. Acesso em: 7 fev. 2025.