PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM NA PESQUISA, EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA: COMO VENCER O PRECONCEITO, A DISCRIMINAÇÃO E O RACISMO ESTRUTURAL
Palavras-chave:
Enfermagem, Discriminação, Racismo EstruturalResumo
A organização da Enfermagem na sociedade brasileira começa no período colonial e vai até o final do século XIX. A profissão surge como simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios e posteriormente nas Santas Casas. O racismo estrutural no Brasil tem sua origem no processo de escravização da população africana trazida a partir do século XVI pelos colonizadores portugueses. Essa condição estruturante do racismo tem como resultado a manutenção e intensificação da exclusão, da falta de oportunidades, violência e pobreza da população negra. Após vários anos de lutas para o acesso igualitário a todos; atualmente a enfermagem tem como proposta: fortalecer a educação e o desenvolvimento dos profissionais, com foco na liderança, na melhoria das condições de trabalho e no compartilhamento de práticas exitosas e inovadoras, baseadas em evidências científicas em âmbito nacional e regional. Objetivo: Apresentar protagonismo da enfermagem na pesquisa, educação e assistência: como vencer o preconceito, a discriminação e o racismo estrutural. Material e Método: Realizado pesquisa em bases de dados eletrônicas e selecionados artigos pertinentes a temática proposta, utilizado também material curricular referente a experiência profissional pessoal (relato de experiência). Resultados: Foi selecionado e utilizado materiais de seis artigos que mencionavam fatos referente a história da enfermagem, a atuação na pesquisa, educação e assistência, o preconceito, a discriminação, o racismo estrutural e a descrição da experiência profissional da autora. Discussão: A força de trabalho da equipe de enfermagem representa 60% das ações assistenciais desenvolvidas - Pesquisa COFEN, 2017. Contudo, 57,4% destes profissionais são constituídos por mulheres negras e de nível médio, e apenas 23 possuem o nível superior. Neste contexto observamos que ainda existe a necessidade de maiores esforços, associados a políticas de saúde para que o acesso à universidade seja para todos, independentemente de classe social, raça, gênero, etc. Conclusão: O protagonismo da enfermagem frente ao preconceito, discriminação e o racismo estrutural é um desafio que necessita de encorajamento através de estudo, iniciativas nas várias dimensões do cuidado e união dos profissionais envolvidos na temática, para uma efetiva contribuição na prevenção e/ou controle das doenças, assim como a promoção de melhor qualidade de vida para a população. Contribuição para a Enfermagem: Estimular a reflexão sobre a história da enfermagem mencionando o exemplo de profissionais afro descendentes desde o início de sua organização, suas lutas e conquistas; implementar a discussão sobre a importância do processo de formação do enfermeiro, demonstrado através de relato de experiência; e destacar o espaço profissional para a atuação do enfermeiro.
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